quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

1ª Macro





Eu realmente cheguei a pensar que fotografar não é algo tão difícil, até que decidi adquirir uma câmera DSLR; estudei um pouquinho sobre fotômetro,  ISO, abertura e velocidade... Resultado: fotos relativamente boas para uma ‘amadora’ o que sem dúvidas só aumentou meu entusiasmo...

Outro dia ouvi falar de uma tal técnica de ‘lente invertida’ para fotos macro... Dei uma olhada na teoria e... Fácil..... Hahaha, doce ilusão... Não é nada simples ter que segurar o corpo e a lente do equipamento individualmente, regular o diafragma na mão, definir a quantidade de luz ideal sem o fotômetro e por fim o foco conforme a sua movimentação.... eu achava que sabia usar o modo manual....

Um total de 3h, 250 fotos, dores nos braços e cerca de 20 ‘acertos’ me mostram que fotografar é muito mais que ‘querer e fuçar’, é estudo, leitura, uma infinidade de tentativas e erros, é paciência, observação, carinho, esperança, persistência e acima de tudo sensibilidade.... Sensibilidade para captar cada milímetro para mostrar ao outro aquilo que não pode vivenciar... Sensibilidade para emocionar e dizer mil e uma palavras com apenas uma imagem... Sensibilidade para eternizar um momento... Sensibilidade para mostrar, sem impor, a sua visão do mundo... Sensibilidade para mostrar o que não se vê....

Enquanto escrevo ainda não vi o resultado da minha manhã com câmera em mãos recrutando insetos como modelos, mas tenho certeza, seja qual for  (espero que positivo) hoje tive certeza que fotografar não é nem longe algo fácil, entretanto é gratificante, doce, leve, e definitivamente é o caminho que quero seguir...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Jun Do




Se há algo que considero realmente difícil é falar sobre livros, por mais que eu os venere, talvez justamente por isso, receio começar uma resenha, ou qualquer outro tipo de escrita, e não conseguir chegar nem perto do que realmente senti, mas, para tudo há uma primeira vez e.... Lá vamos nós...

Começando com uma historinha...

Certo dia convidei um amigo superfofo para me acompanhar em um sebo, o objetivo era encontrar livros para o meu TCC.... Mais de três horas se passaram nessa busca... e... NADA. Quando chegamos à conclusão de que realmente não encontraríamos e decidimos sair para almoçar, (não vou negar que estava um pouco triste, pois se tratando de mim não é nada normal sair para comprar livros e voltar sem livros) uma capa azul me chamou a atenção e foi amor à primeira vista *-*...


O Livro


Só para 'comparar': o carinho e cuidado que tenho pelas minhas roupas e maquiagem não são nem de muuuiiiitto longe equivalentes à atenção que dou aos meus livros, olha que me considero uma pessoa vaidosa.

Começando pelo aspecto físico... Aparentemente ele teve apenas um dono anterior a mim, o que não o poupou dos maus tratos, as páginas em si estavam bem conservadas, ao contrário da capa que apresentava diversos 'furinhos', mas é claro que esse não era um motivo para não levá-lo para casa.... levei, e não me arrependi....

A história......
A narrativa se passa na Coréia do Norte toda em torno de Park Jun Do, um garoto que foi criado como órfão. O engraçado é que tudo já começa de uma forma dolorosa e quando você imagina que não pode piorar, vêm as provas de que sim.... tudo sempre pode piorar...

O protagonista passa sua vida sendo 'jogado' de um lado para o outro, onde deve realizar todo tipo de trabalho. Ao fim do livro cheguei à conclusão que Jun Do passou toda sua vida sem uma identidade, um ideal, onde sua única companheira -até mesmo quando chegava perto da felicidade- era a dor e claro a lealdade.

A trama, em um todo, é maravilhosa, a leitura é agradável, e confesso, um pouco confusa na segunda parte do livro.

Em certos momentos demorei um poco para me situar em 'tempo e espaço', entretanto a vontade e espera por um final feliz não permitiu a desinteresse pela jornada.

No decorrer de 544 páginas, Adam Johnson retrata não apenas UM romance literário, mas muitas -e acredito que a grande maioria- faces norte coreanas. 

Além de todo sofrimento relatado e as chances praticamente escassas de 'dar certo', Johnson consegue despertar no leitor o fio da esperança, e prova que não é necessário o belo casal ficar junto para um final feliz, mais do que isso, prova que finais trágicos -quando para acabar com a dor- podem ser felizes.

Devaneios






Queria ter o dom de escrever... Escrever de uma forma que tocasse corações, que comovesse, fizesse rolar lágrimas e brotar sorrisos... Escrever de modo tal que trouxesse à tona a nostalgia do belo, da infância e também o despertar para o hoje, para as decisões tomadas, os planos traçados e as dores do mundo... Queria escrever para fazer ver além desses muros de falsas moralidades e poder destacar o que é belo. Poder escamar a alma na mais sublime tristeza e também na mais eufórica felicidade...

Escrever em dias quentes e frios, de sol e de chuva.

fazer uma nova história com tramas de mil e uma outras já contadas.

Escrever para crianças e adultos, religiosos e ateus, para todos os sexos e cores...

Escrever por profissão, determinação e principalmente por paixão.

Por tudo e por nada... Apenas escrever.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nostalgia





Segundo Larousse: Melancolia, tristeza causada pela saudade da pátria. / Saudade. 

Por mais que a consulta em dicionários nos dê a definição mais que exata dessa palavra tenho em mim que cabe muito mais nela, diria até que uma infinidade de pequeninas peças das quais compomos nossas vidas. 

Pra mim, por exemplo, nostalgia é quando me deparo com uma tarde nublada, de vento gelado e sinto retornar as dezenas de vezes que passei assistindo à TV Cultura e comendo bolinho de chuva... Deparar-me com uma Hera e ouvir meu pai falando que tinha que podá-la todas as primaveras para não incomodar os vizinhos... Sentir o aconchego do cheiro de uma roupa limpa às 13h e viajar para o verão de 99, o ano que comecei a comecei a ganhar o mundo, pois aprendia a ler, e que também vi partir, junto com minha mãe, a grande luz que nos guiava... Nostalgia me vem como os fins de dia banhados em ouro pelo deitar do sol que eu preenchia deitada em cima da laje apreciando histórias que sonhava viver, e vivia... Como os momentos que vagava sem rumo na rua e não havia nenhum problema deitar na calçada, andar descalça pelo asfalto ou deitar às sextas em uma praça qualquer com aquele amigo de mútuo amor incondicional... Essa era minha vida há dez anos. 

Hoje, corro de um lado para o outro, há meses que desconheço o significado de ‘’vida social’’, contrapartida desfruto da liberdade de poder juntar uma turma de amigos e passar o fim de semana na praia; de matar uma aula, por mais importante que ela seja, para tomar café e jogar papo fora; ir ao MC para fazer origami; não evitar a chuva só para apreciá-la com uma boa companhia... 

E nessa coleção de cores, aromas, calores e lembranças acrescentei essa tarde chá de maçã, assim como o cheiro de café às 8h na primavera me remete a alguém especial a mistura adocicada de maçã com canela sempre me ligará à mulher mais perfeita desse mundo, e daqui 40 anos quando ‘minha filha’ me servir tal bebida lembrarei esse hoje com minha mãe.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sentimentalidades.......



Hoje descobri que não sei fazer nada que eu realmente não queira, que basta insistir em algo que não tenho vontade para todo o brilho se apagar... para começar a doer.

Sempre dei muito valor aos sentimentos, principalmente aos dos que me cercam, mas há momentos em que não é possível passar por cima dos nossos sentimentos.

Talvez não seja nada comum uma garota chorar porque magoou alguém... Podem falar que é hipocrisia, charme,  mas realmente dói dizer não.

Não podem falar que não tentei, sim tentei, e coloquei um ponto final antes de tudo tomar proporções impossíveis de controlar.... 


A próxima pergunta: 

-Por que você não dá uma chance a ele?

- Porque decidi dar uma chance a mim!!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TCC



TCC: Sem dúvidas o maior medo de todos os estudantes...Imagine isso no primeiro dia de retorno às aulas.... O trabalho final que resumirá, no meu caso, todo o aprendizado e dedicação de dois longos anos de curso... Confesso que a possibilidade de temas menos complexos é tentadora, mas de que valeria a pena? Como o próprio nome diz é o Trabalho de Conclusão de Curso, o ultimo a ser apresentado, portante, deve ser especial, único...

Pela primeira vez pude sentir uma amostra (mínima) do real peso e exigência que esse projeto exerce sobre nós, e é simplesmente incrível essa sensação do extremo desconhecimento de tudo, do ''será que vai dar certo'' para a euforia de ''está acabando, sei que somos capazes''.

E nesse 'mix de emoções, pensamentos e decisões' tudo que posso fazer é oferecer o melhor de mim e agradecer (antecipadamente) às minhas parceiras de grupo que sem pensar muito toparam explorar um tema como esse...


"Nostalgia
Que há num simples nome?                 
27 de março de 2003
É muito complicado definir a dor, despojá-la de  preconceitos e classificações espinhosas. Seria ausência? Negação? Raiva? Acho que a dor, assim como o medo, tem mil maneiras de se apresentar no mundo. Quando Julieta nasceu e nos disseram que tinha síndrome de Down, minha dor veio em forma de nostalgia. Uma doce nostalgia das entranhas, da minha filha. Onde estaria a menina que eu imaginara durante toda a gravidez?


O Livro de Julieta. Sanchez-Andrade, Cristina" 

Transição e Sonhos



Chega um momento na vida em que percebemos que não há mais tempo para brincadeiras, que as horas começam a passar mais depressa e em consequência disso os anos também.

Tem dias que me olho e percebo que parei nos 12 anos: grandes sonhos, grandes planos, tardes preguiçosas repletas de ''rosa e laranja'', não muitas obrigações e a deliciosa ilusão de ter todo tempo do mundo para escolher uma profissão; um caminho. 

De súbito desperto, 20 anos!!!! Penúltimo semestre de faculdade, estágio, emprego, cursos, reuniões, contas, deveres e mais deveres... 24h são insuficientes para cumprir todas as tarefas com 'perfeição', isso quando é possível concluir alguma tarefa. 

Me sinto perdida e por mais que goste do meu hoje, do que me cerca, do que compartilho, sempre aparece aquela pontinha de dúvida: "é isso que quero para o meu amanhã?"... "E se..."?... "Ainda tenho tenho tempo para mudar isso que chamam de caminho?"... "Afinal, o que é esse tal caminho?"

Diariamente me questiono sobre 10.000 coisas novas; encontro alguns hobbies; desenvolvo uma habilidade e procuro cansar meu corpo só para a exaustão noturna prevalecer sobre o turbilhão de pensamentos desconexos que transbordam em minha mente, por fim, adormeço.... Desperto.... Um novo dia, novas dúvidas... novas realização... e assim vivo, dia a dia, planejando, desencantando, realizando, conquistando e acima de tudo..... SONHANDO!

Tópicos




Inspiração da manhã se esvaindo 

São 4:50; sonho c/ trabalho qndo ouço um som do além....... Além dos cobertores 

Minha cama me agarra 

Meu corpo pede que não levante 

Tenho direito a mais 2 ou 3 minutos? 

Café... Café... Café... 

Inspiração para escrever.... Raridade 

Meias amarelas de joaninha.... Me disseram que é ‘’antiético’’, mas foram as únicas que encontrei..... 


     Estou sonhando com o meu trabalho, quando ouço muito distante um toque comum de todas as manhãs: meu celular se esgoelando para me despertar. Demorou cerca de meio minuto até que eu o encontrasse: 4:50; me pergunto se devo levantar de imediato ou se tenho direito a mais dois ou três minutos. Antes mesmo de decidir o que faria no instante seguinte meu celular me chama novamente, dessa vez, sem muito esforço, pois de alguma forma foi parar embaixo de mim.... Sobressalto!... 5:10... Sem alternativa, me espreguiço, as costas estralam e tudo dói, em dias assim me sinto com 60 anos. Antes de levantar abraço o Rê e por distração o Mapi também, que não “pensou duas vezes” antes de me saudar com um bom dia de elefante. SUSTO! O impulso que eu precisava para levantar. Eis que começa o segundo grande dilema do dia: que roupa vestir? Confesso que não é fácil tentar obedecer a todas as restrições de vestimenta da empresa. Acabei optando por tênis e um velho jeans; o que não é comum. Enquanto tomava café, me arrumava e ouvia música, senti uma necessidade imensa de escrever estes pequenos - gigantes e infinitos dramas cotidianos de quem trabalha, estuda e sobrevive com menos de 5 horas de sono por dia. Descubro que estou com sorte quando, em menos de 30 minutos, consigo um lugar para sentar no ônibus. Transito!!! Sabe-se lá a hora que conseguirei chegar ao trabalho. Penso na matéria de Estatística, em relatórios, na próxima página do meu livro, se escolhi a profissão que amo, se sigo o caminho certo... Mas afinal, que caminho? Tento traçar objetivos e me ‘preparar’ para os fracassos inevitáveis, entretanto, talvez, seja cedo de mais para isso e tarde demais para devaneios desse tipo. É manhã de primavera; a tão ‘temida’ vida me grita que não dá para esperar e sem pedir licença começa agora, no banco de um ônibus, com lápis e agenda nas mãos terminando um desabafo. Recebo um abraço aconchegante do Sol e me sinto pronta para ganhar o mundo.

Primeiro Encontro






Uma semana, pessoas diferentes e a mesma proposta: vamos ao shopping? Que tal um cinema? ..... Eis que me pergunto “sou tão ‘patty’ assim?”, “por que todo cara que me ‘conhece’ me chama para ir ao shopping?”. Deixando bem claro que não tenho nada contra, muito pelo contrário, eles podem ser um excelente passatempo e ponto de encontro com amigos quando às 18h de um domingo um grupo de entediados decide sair, porém não tem tempo para planejar nada... enquanto ao cinema... legal, só não tenho muita paciência, talvez eu durma.... Mas voltando ao ponto de partida... primeiro me diz que o que chama a atenção em mim é o fato de eu ser diferente e em certos pontos um pouco estranha, ok, entendi.... Segunda parte: “vamos marcar de sair?”, “sim, o que você sugere?”, “Podemos ir ao shopping?”....... SE O QUE CHAMA A ATENÇÃO É O FATO DE SER DIFERENTE QUE TAL MARCAR ALGO MAIS ORIGINAL? Há tanta coisa que gosto e quero fazer, locais que quero visitar, será que um piquenique não é mais interessante que ficar olhando vitrines sempre iguais?.... Não é porque pinto o cabelo, uso salto e tenho as unhas (geralmente) bem arrumadas que considero andar entre lojas o melhor programa do mundo, pelo contrário, é um lugar tão comum, impessoal e previsível...


*** É claro que isso não é uma regra para todas as garotas, mas para mim..... Quando eu tinha 15 anos um ‘’primeiro encontro no cinema’’ até que era legal, porém, tudo muda, que tal começar com um café?

****SOU CHATA?! SIM!!!! E ME AMO POR ISSO =D..... SER IGUAL DEFINITIVAMENTE NÃO É LEGAL.